Graça e Paz de Cristo Jesus, meus amados!
Mesmo recebendo inúmeras
críticas, após cantar sua canção “O Evangelho dos Fariseus”, Aymeê Rocha na
realidade mostrou um senso crítico cristão que muitos até têm, mas preferem
fingir que não tem. Vejamos a letra:
Fazemos
campanhas pra nós mesmos, eventos pra nós
mesmos, estocamos o maná para nós. Oramos
por nós e
pelos nossos.
O Reino virou negócio,
o dízimo importa mais do que os corações…
Claramente, há uma referência
das campanhas, congressos, eventos que as igrejas costumam realizar entre seus
membros, alguns inclusive em que os preços das entradas e assentos chegam a ser
caríssimos comparados a realidade social da massa do nosso país! Desde o início
da canção, já fica subentendida a crítica da autora às igrejas que estão muito
mais preocupadas em viver apenas para si, sempre preocupadas em estar sempre
buscando o seu próprio bem estar do que enxergar as misérias sociais da nação.
Quando ela diz o Reino virou negócio, lê-se o Reino se tornou Empresa, onde o
dízimo que dita a posição de cada um dentro dessa estrutura, onde qualquer
coisa tem um preço, uma oração: um envelope.
Enquanto
Ele tá querendo, que nós nem pensamos ou nos preocupamos. Oramos errado há
séculos. Dias, horas e anos, nos afastamos...
Nesse trecho, ela nos remete a
Mateus 6:25-26:
25. Portanto eu digo: Não se
preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu
próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida,
e o corpo mais importante que a roupa?
26. Observem as aves do céu:
não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as
alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?
Ah,
um Evangelho de fariseus, cada um escolhe os seus e se inflamam na bolha do
sistema. Ah, enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu, esperando os
ceifeiros da grande seara...
Cada um escolhe o seu líder,
seu pastor, sua denominação e se guardam dentro da igreja, porque ser crente
somente dentro da igreja é mais confortável, olhar apenas para dentro, se
preocupar apenas com as questões internas, com ministérios, ações e problemas
dentro de casa, como se a própria salvação e de quem mais nos interessa já
bastasse. Daí ela diz: olha para fora, amplia a sua visão, veja a ilha do
Marajó, outro João desapareceu, olha como existem tantas questões que
necessitam da igreja. Pedofilia, tráfico de crianças, nossa Amazônia entregue…
ore, se mova, seja cristão, reflita o amor de Deus fora dessas paredes.
Estamos apodrecendo o corpo de Cristo. O sangue não tá circulando. O sangue tá coagulando. Estamos no ápice da nova era e a falsa Noiva se rebela contra o Noivo que espera ver um caráter cristão.
Estamos fingindo que
não estamos vendo um mundo doente lá fora, que precisa de nós, estamos apenas
preocupados com nós mesmos, guardando Deus dentro de uma redoma somente para
nós mesmo. No ápice da nova era, estamos nos rebelando em não colocar em ação o
IDE determinado por Jesus: Mateus 16:15-16
15. E disse-lhes: Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16. Quem crer e for
batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Uma canção de
reflexão, não é uma adoração, é somente se dói quem está em débito com o
verdadeiro Evangelho. No entanto, mesmo com todas as imperfeições, que as
igrejas venham a apresentar, não se conforme em viver sem ter uma, sem fazer
parte de uma. Entenda que a sua função em ser igreja, vai muito além de apenas
estar na igreja, mas é somente na igreja que você deixa de ser vulnerável ao
pecado, porque brasa longe do braseiro esfria.
Que tudo seja para a
adoração e glorificação do nome de Jesus Cristo, hoje e para sempre. Amém!
Alana Baggioto.
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