Graça e Paz de Cristo Jesus, meus amados!
No meio evangélico ainda há muito preconceito, pré-julgamentos e até um pouco de ignorância quando falamos da necessidade de um amparo psicológico para alguns irmãos. Porém, é inegável, até notório, que há casos que realmente carecem do acompanhamento de um especialista, um profissional capacitado que preste assistência a quem demonstra alguma psicopatologia.
Por muito tempo, pessoas sofreram com transtornos psicológicos que nem ao menos
eram identificados, nomeados, viviam com crises de ansiedade, depressões
profundas, síndromes de pânico, esquizofrenia, autismo, bipolaridade e diversas
outras, que simplesmente eram taxadas como “frescura” e a pessoa permanecia sem
um diagnóstico e sem tratamento adequado, seguiam incompreendidas, sofrendo e
sendo alvo de julgamentos e críticas.
Ainda eram submetidas a concepção religiosa, que considerava que os problemas da mente estavam atrelados unicamente as questões espirituais, que tudo na realidade se tratava apenas de ausência de Deus na vida do irmão. Porém, esse é o tempo da informação, e é preciso quebrar essa visão limitada e religiosa, para entender que a mente merece tratamento como qualquer outro membro do nosso corpo, quando está enfermo.
Quantos casos, nós já tomamos conhecimento, de pastores que cometeram
suicídio pelos excessos de responsabilidades, sobrecarregados de funções dentro
de suas igrejas, ou de casamentos tóxicos, com fortes desvios de comportamento
de algum dos cônjuges, e de relações extremamente conflituosas entre pais e
filhos? Relações que poderiam ser mais bem compreendidas e administradas com a
intervenção de um bom profissional.
Essa assistência não substitui e nem aniquila a nossa fé em Jesus Cristo. Por exemplo, ninguém com câncer irá deixar de buscar ajuda de um médico, esperando um milagre da parte de Deus. É preciso fazer a nossa parte, pois o possível pertence a nós, homens e mulheres, e o impossível pertence a Deus. Não procurar ajuda é o mesmo que se auto negligenciar, é caminhar em círculos sem encontrar uma saída.
Sabemos que o Senhor capacita homens e mulheres, distribui dons, talentos e
sabedoria, para que sejam instrumentos um na vida dos outros, e assim possamos
desenvolver uma melhor qualidade de vida. Porém, no momento em que vamos à
busca de assistência dessa natureza, o ideal é que procuremos por profissionais
que compartilhem da mesma fé, para que haja uma identidade e uma melhor fluidez
do tratamento. Saber quais as concepções religiosas de quem está conosco nesse
momento, nos torna mais seguros e confortáveis. Não se trata de preconceito ou
de desmerecer alguém, mas de usufruir de uma liberdade em escolher o que
consideramos ser melhor para nós mesmos.
Por isso, não negligenciemos nossa saúde psicológica, busquemos tratamento para neutralizar gatilhos da nossa mente, sejam hereditários ou construídos após experiências traumáticas, mas confiando sempre na cura absoluta que Deus pode derramar sobre nossas vidas em todo o tempo.
Que tudo
seja para a adoração e glorificação do nome de Jesus Cristo, hoje e para
sempre. Amém!
Alana Baggioto.