22 de dezembro de 2023

Eu não sei orar

Graça e Paz de Cristo Jesus, meus amados!

Pode soar um pouco incomum, quando ouvimos alguém dizer que não sabe orar. Há também quem acredite que a oração não é necessária, uma vez que Deus sabe de todas as coisas e enxerga todos os nossos pensamentos. Mas, quem diz que não sabe orar, muitas vezes considera que para orar é preciso seguir algum protocolo ou se expressar de uma maneira formal, com um vocabulário apurado, para impressionar.

No capítulo 6 do livro de Mateus, a partir do versículo 9 ao 13, está a oração que Jesus nos ensinou, conhecida como o Pai Nosso. Essa oração feita por Jesus, nos mostra como precisamos nos apresentar a Deus, mas não nos condiciona a um ritual, algo repetitivo, porque oração não é um mantra.

Pai Nosso

⁹ Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
¹⁰ Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
¹¹ Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
¹² Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
¹³ E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’.
Mateus 6:9-13.

Ao proclamarmos: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome”, estamos glorificando o nome do Senhor, adorando-o, enaltecendo-o e reconhecendo a sua soberania.

Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Que a vontade de Deus prevaleça sobre nós, que seja a primeira, antes de tudo e qualquer coisa. Aqui é revelada a nossa dependência do Senhor, a nossa confiança na sua perfeita e agradável vontade.

Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”. Jesus nos ensina a clamar a Ele pela providência do alimento em nossa mesa. Essa passagem nos revela a importância em consagrar ao Senhor tudo aquilo que comemos, e a sermos gratos pelo pão diário que sustenta a saúde do nosso corpo.

Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”. O perdão é condição para andar em comunhão com Deus, somente após lançarmos o perdão sobre os nossos devedores, sobre quem nos causou algum mal, é que nos tornamos aptos para receber o perdão do Senhor acerca de nossas falhas. Ninguém pode clamar por perdão estando com o coração aprisionado por ressentimentos. O perdão é a quebra do nosso próprio eu, é a prova de que não vivemos mais por nós mesmos, mas pelo desejo de sermos melhores diante de Deus. Ninguém receberá perdão, se antes não aprender a perdoar.

E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre”. Expressamente esse trecho nos adverte da nossa vulnerabilidade, “não nos deixe cair em tentação”, porque somos fracos, frutos do pecado e estamos em todo tempo, suscetíveis aos desejos da nossa carne. Por isso, pedimos ajuda, para que a mão do Senhor nos livre do mal, porque Ele é grande, poderoso para isso, Dele é o Reino, o Poder e Glória para sempre.

A oração do Pai Nosso nos ensina a nos prostrarmos diante da autoridade de Deus. Ela inicia-se enaltecendo o seu Santo nome e se encerra reconhecendo todo o seu poder, glória e majestade.

O que o Senhor espera de nós através de nossas orações é que o seu nome seja glorificado, é demonstrarmos entrega, dependência, confiança em sua vontade, gratidão pela provisão do alimento, busca de perdão para que possamos seguir em paz, e fortalecimento para vencer as investidas do mal contra as nossas vidas.

Se guardarmos esse ensinamento e nos mantivermos conscientes ao nos apresentarmos em oração ao Pai, nossas palavras serão naturalmente conduzidas pelo Espírito Santo que habita em nós. Oração é relacionamento, por isso não precisa ser ensaiada, mas precisa ser focada.

 Alana Baggioto

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